quinta-feira, 23 de novembro de 2017

A ARTE NÃO MUDA? ARTE MUDA?


A pós-modernidade, trouxe o pluralismo de estilos, reedições, citações conceituais, a explosão de meios para a arte e principalmente a aproximação com a vida comum. Mas a arte muda constantemente, de acordo com o contexto social em que se manifesta e 
nós mudamos nossa percepção da Arte com o tempo, seja por enxergarmos aspectos técnicos antes não vistos, ou simplesmente relacionarmos o que estamos vendo ou ouvindo à alguma experiência vivida.


Podemos perceber isso quando o japonês Gutai e outros grupos como Environments, Happenings, Nouveau Réalisme, Fluxus, e os eventos e ações tipo música de barulhos, poesia do acaso, teatro da vida, trabalhos de corpo, trabalhos de terra, arte conceitual, arte informacional   e muito mais,  confrontavam públicos e profissionais da arte com estranhas ocorrências que pouca semelhança guardavam com a arte conhecida.  


No início do século XX, Surge A Arte concreta  , com a intenção de produzir obras que usassem elementos próprios das linguagens, a princípio: planos e cores
A Arte concreta passou a trabalhar com superfícies, sons, silêncios, enquadramentos cenográficos etc. Foram despendidos profundos esforços na criação de uma linguagem autônoma, que não precisasse manter relação com os temas tradicionalmente figurativistas.
Formas geométricas dominavam as experiências plásticas da primeira fase. A vanguarda russa, o construtivismo, o suprematismo, a Bauhaus, o Neoplasticismo (De Stijl) entre outros, foram movimentos que continham ideias da arte concreta em suas formas de expressão, antes mesmo do manifesto Theo van Doesburg ter sido escrito.

Depois vem os neoconcretistas procuravam novos caminhos dizendo que a arte não é um mero objeto: tem sensibilidade, expressividade, subjetividade, indo muito além do mero geometrismo puro. Eram contra as atitudes cientificistas e positivistas na arte.

A arte concreta e a  neoconcretista foi um acontecimento de extraordinária importância da vida cultural brasileira na década de 1950.
1956, a arte concreta depois a ruptura e eis que surge o movimento neoconcreto.


"Lygia Clark" , muito audaciosa rompe e se coloca no pé da problemática. Se defronta com o quadro branco, o pintar simbólico de todo pintor e age materialmente sobre a tela e criou o casulo.


Em 1959 criou os “Casulos”. Feitos em metal, esse material permite que o plano seja dobrado, assumindo uma busca da tridimensionalidade pelo plano, deixando-o mais próximo do próprio espaço do mundo.




Não pintou, não foi embora do quadro, produziu o a serie “Bichos”: esculturas, feitas em alumínio, possuidoras de dobradiças que chama de espinha, que promovem a articulação das diferentes partes que compõem o seu “corpo”. A experiência com a maleabilidade de materiais duros converte-se em material flexível.

Nasce da crise com a necessidade de explorar o problema. O Bicho é um ser novo na arte.
A arte foi caminhando e surge os penetráveis.

 A poética de Lygia Clark caminha no sentido da não representação e da superação do suporte. Propõe a desmistificação da arte e do artista e a desalienação do espectador, que finalmente compartilha a criação da obra.

O neoconcretismo define-se como tomada de posição com relação à arte concreta exacerbadamente racionalista e é formado por artistas que pretendem continuar a trabalhar no sentido da experimentação.


Em Luvas Sensoriais (1968) dá-se a redescoberta do tato por meio de bolas de diferentes tamanhos, pesos e texturas e em O Eu e o Tu: Série Roupa- Corpo-Roupa (1967), um casal veste roupas confeccionadas pela artista, cujo forro comporta materiais diversos. Aberturas na roupa proporcionam, pela exploração táctil, uma sensação feminina ao homem e à mulher uma sensação masculina. 


Ai vem em 1973:  Canibalismo e Baba Antropofágica. Aludem a rituais arcaicos de canibalismo, compreendido como processo de absorção e de ressignificação do outro.

No primeiro acontecimento, o corpo de uma pessoa deitada é coberto de frutas, devoradas por outras de olhos vendados; e, no segundo, os participantes levam à boca carretéis de linha, de várias cores e lentamente os desenrolam com as mãos para recobrir o corpo de uma pessoa que está deitada no chão. No final, todos se emaranham com os fios.

Seguindo em 1976  vem à prática terapêutica, usando Objetos Relacionais, que podem ser, por exemplo, sacos plásticos cheios de sementes, ar ou água; meias-calças contendo bolas; pedras e conchas. Na terapia, o paciente cria relações com os objetos, por meio de sua textura, peso, tamanho, temperatura, sonoridade ou movimento.


Depois de tantas experimentações que a arte passou nos últimos tempos em busca de sua definição, temos que nos perguntar em que situação se encontra agora. Para muitos, a História da Arte chegou ao fim na pós-modernidade, pois não é mais possível dar um sentido único para ela. Essa falta de parâmetros levou ao esvaziamento do seu significado.
Não ha definição para arte.
Não podemos dizer se é arte ou não. Se é belo ou não.

Fazer arte é não saber nada. Arte não é difícil, não precisa de explicação para fluir.
na atualidade tudo que se fala que é arte é arte.


quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Suprematismo





suprematismo surge a partir do cubismo.
ready made Proposta estética do artista francês Marcel Duchamps  apropriar-se de algo que já está feito: escolhe produtos industriais, realizados com finalidade prática e não artística (urinol de louça, pá, roda de bicicleta), e os eleva à categoria de obra de arte.
A arte passa adiante nesse processo a pintura se reduz com forma sem transcendência. 
A arte chega a forma pura onde o quadro é quadro.
O Suprematismo 
 foi um movimento artístico russo, centrado em formas geométricas básicas - particularmente o quadrado e o círculo - e tido como a primeira escola sistemática de pintura abstrata do movimento moderno.
Seu desenvolvimento foi iniciado por volta de 1913 pelo pintor Kazimir Malevich. Em 1918, na mostra O Alvo, em Moscou, Malevitch expôs o Quadrado preto sobre um fundo branco. Em O mundo sem objeto, livro publicado em 1927 pela Bauhaus, Malevich descreve a inspiração que deu origem à poderosa imagem do quadrado negro sobre um fundo branco:


Quadrado negro sobre fundo branco de Kasimir Malevich (1918).



O suprematismo será definido como "a supremacia do puro sentimento". O essencial era a sensibilidade em si mesma, independentemente do meio de origem.

Malevich vai defender uma arte livre de finalidades práticas e comprometida com a pura visualidade plástica.
A sensibilidade, ausência de objeto onde um quadro preto sobre um quadro preto é uma figura sobre o fundo, no branco sobre o branco começo ou recomeço.

Suprematismo rompe com a ideia de imitação da natureza, com as formas ilusionistas, com a luz e a cor naturalistas - experimentadas pelo impressionismo - e com qualquer referência ao mundo objetivo, que o cubismo de certa forma ainda alimentava.



cópias de arte - cópias de pinturas na WahooArt550 × 700Pesquisa por imagem
o suprematismo, 1928 por Kazimir Severinovich Malevich (1878-1935, Ukraine)




o suprematismo, 20, óleo sobre tela por Kazimir Severinovich Malevich (1878-1935) Ukranine



o suplematismo 21 por  Kazimir Severinovich Malevich













Museu de arte contemporânea.




O ser humano faz Arte



IMAGEM TÉCNICA MISTA MARIA HELENA

O ser humano faz Arte desde que ele se entende como tal.
A humanidade se representa pelas artes em todas as épocas de forma efêmera
Cada época com seu contexto sociopolítico.
Na medida em que se "caminha" o individuo vai se identificando com sua época.
Quando queremos organizar nossas ideias, devemos escolher a figura certa, que leva nossa ideia e pensamento só no olhar, o que queremos dizer.
Devemos ser como um curador.Escolher, selecionar e dar a oportunidade das pessoas ver nossa intencionalidade.  
Temos várias formas e exemplos para tirar a nossa construção formando o nosso pensamento.

DICA:
ESCOLHER UMA IMAGEM:
1. O QUE? Tenho um conjunto de imagem que me identifiquei.
2. POR QUE? por que fiz essa escolha? 
3. COMO? Como vou trabalhar essas imagens? o que vou fazer com isso?

Maria Helena

segunda-feira, 24 de abril de 2017

ALGUMAS INDICAÇÕES DE LIVROS DE ARTE

HISTÓRIA DA ARTE

PROENÇA, Graça, História da Arte, São Paulo: Ed. Ática, 1999.
 A obra da um panorama completo e didático de toda a arte ocidental, Um instrumento de trabalho completo e serio para o professor e aluno de Arte.

 GOMBRICH, E. H. História da Arte, São Paulo: LTC, 1999, 16ª ed.
Introdução ao mundo da Arte, desde a pintura rupestre da pré-história até a arte experimental dos dias de hoje. O desenvolvimento da pintura e da escultura é trabalhado tendo como pano de fundo os sucessivos estilos de arquitetura. o livro é endereçado a todos os que sentem necessidade de uma primeira orientação num mundo estranho e fascinante. pode servir ao iniciado sem o confundir com pormenores; capacita-lo a dar uma ordem inteligível à profusão de  nomes, períodos e estilos que congestionam as páginas de obras mais ambiciosas assim, equipá-lo para consultar livros mais especializados.    

OSTROWER, Fayga. Universidade da Arte. Rio de Janeiro, Ed,Campus, 1989. 5ªed.
Didático analítico e contemplativo. Representa uma contribuição original para a compreensão da arte.Procedendo em vários níveis, a autora expõe os princípios fundamentais de composição ao mesmo tempo que relata sua experiencia de ministrar um curso de arte para os operários de uma fábrica. as ilustrações são acompanhadas de análises da ilustração espacial da imagem, demostrando as correspondências que existem, entre essas estruturas e o seu conteúdo expressivo.

JANSON, H, W. História geral da arte. São Paulo: Martins Fontes,2001. 3ª ed.
A obra destaca a variedade infinita da produção artística sem nunca perder de vista a unidade e constância do ato criador.

WÖLFLIN, Heinrich. conceitos fundamentais da história da arte. São Paulo: Martins Fontes, 2001. 3ª ed.
Este estudo sobre a evolução do estilo na arte situa a obra no conjunto da vida de uma época. Através da análise das obras dos grandes artistas, de Dürer a Rembrandt, o  autor mostra a evolução interna dos estilos e define as categorias permanentes da artem

HAUSER, Arnoid. História social da arte e da literatura. São Paulo: Martins Fonte, 2000, 2ª ed.
O autor, fundamentado em um conhecimento precioso de fontes e literatura especializada, reúne resultados excepcionalmente claros da sociologia da arte, da música e da literatura.

#ARGAN, Giulio Carlo. história da arte como história da cidade. São Paulo: Martins Fontes,2001,
 5ªe d.    
Os escritos incluídos neste livro reafirmam a identidade entre cidade e arte. propõem uma metodologia que parte da definição da história da arte como história de uma fenomenologia complexas de objetos produzidos segundo a tecnologia do artesanato e constitui uma dimensão espaço-temporal que é a própria cidade; fica assim superada a tradicional proposição sociológica baseada na aproximação dos fatos históricos e fatos históricos artísticos dependentes daqueles.   

Teoria e prática do ensino de arte: a língua do mundo

Categoria: ARTE-EDUCAÇÃO
Sub-categoria: Formação do professor
Autor(a): MARTINS,  Mirian Celeste ; PICOSQUE, Gisa  e GERRA,  Maria Terezinha.
Editora: FTD, 2010. 


"A forma como construímos este texto e o conteúdo abordado têm a intenção de marcar um encontro sensível entre você e a linguagem da arte e seu ensino. Nosso desejo foi tornar o texto acolhedor, abrindo espaço para o seu pensar e para pontuar ideias potenciais para o ensino contemporâneo da arte. De modo poético, com jeito de conversa, oferecemos a oportunidade de viver - pelo menos no que é possível por meio de um texto também didático - uma aprendizagem inventiva em arte..." (As autoras)"

Didática do Ensino de Arte

Autor(a): MARTINS,  Mirian Celeste

Trata a disciplina como 'conhecimento expressivo', buscando exemplos nas diferentes linguagens artísticas, tanto na arte erudita quanto na arte popular. Discorre sobre a execução artística, a fruição estética, a apreciação e a leitura da obra e sua contextualização através da história e da cultura. Traz a origem etimológica das palavras-chave visando a compreensão aprofundada de conceitos habitualmente interpretados de maneira superficial. Sugere, após cada capítulo, exercícios teóricos e práticos, reforçando o conhecimento expressivo do leitor

#ARTE EDUCAÇÃO NO BRASIL.
do modernismo ao pós-modernismo.

BARBOSA, Ana Mae

artigo inédito da Profª. Drª Ana Mae - Revista Digital Art


SINTAXE DA LINGUAGEM VISUAL Donis A. Dondis 
http://www3.uma.pt/dmfe/DONDIS_Sintaxe_da_Linguagem_Visual.pdf


       

sexta-feira, 7 de abril de 2017

ESTÉTICA SEMIÓTICA: BANCO DE IMAGEM





1. O que é semiótica?
Semiótica é a doutrina formal dos signos. 
Cf. Charles Sanders Peirce, 2.227.
“O nome semiótica vem da raiz grega semeion, que quer dizer signo.” “Semiótica, portanto, é a ciência dos signos, é a ciência de toda e qualquer linguagem.” (p.7) “A Semiótica é a ciência que tem por objeto de investigação todas as linguagens possíveis, ou seja, que tem por objetivo o exame dos modos de constituição de todo e qualquer fenômeno de produção de significação e de sentido.” (p.13)
Santaella, L. (1983). O que é Semiótica. São Paulo: Brasiliense.





A obra de arte, como qualquer outro signo, pode ter uma relação indireta com a coisa que designa (por exemplo metafórica, ou outra) sem deixar com isso de se lhe referir. Do carácter semiológico da arte depreende-se que a obra artística nunca deve ser utilizada como documento histórico ou sociológico sem prévia explicação do seu valor documental, isto é, da quantidade da sua relação com um dado contexto de fenômenos sociais.  Jan Mukarovsky













































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