segunda-feira, 27 de junho de 2016

A IMAGEM É UM SIGNO OBJETO

    IMAGEM

   Imagem( do latim imago) significa representação visual de um objeto.

"Isto Não é um cachimbo" René Magritte (1898 - 1967)
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   "[...] o signo é uma coisa que representa uma outra coisa: seu objeto ( ideia ou coisa) sob algum aspecto ou qualidade. Tanto a palavra, quanto o desenho ou esquema, a fotografia ou escultura. [..]( MARTINS 1998.P.39).

   Então a imagem funciona como signo. Na realidade ela não é o objeto que representa apenas está no lugar do objeto. Quando um interpretante produz a interpretação na mente, ele produz uma relação do signo e seu objeto, produz um significado que por sua vez já é um outro significado. E uma imagem mental que pode ser representada com sentimento, com emoção gestuais, como ideia ou outro resultado.


   Coloquei a imagem acima  de René Magritte Isto Não é um cachimbo, para que a nossa reflexão seja um pouco mais profunda sobre o papel da imagem.
Quando eu vi essa imagem e seu titulo, achei um contrassenso, pois, eu estava vendo um cachimbo. Depois com a reflexão entendi que realmente não era afinal, é óbvio, ninguém pode fumar o quadro. Então entendemos que é extremamente lógico, mas pouco lembrado.
Podemos afirmar que o que temos  diante de nós é apenas uma imagem que representa um cachimbo e não o próprio utensilio para fumar. Em suma, não temos o objeto, mas uma imagem dele.







MARCEL DUCHAMP E O URINOL BRANCO INVERTIDO





   O urinol  de parede que Marcel Duchamp mandou para o Salão dos Independentes, em Nova York (1917), foi eleito a obra mais importante que tudo o que se produziu em artes plásticas no século XX.
   O Artista o intitulou de "Fonte" e assinou como sendo de R. Mutt, produzido pela J. L. Motta Iron Works Company.
   Duchamp dizia que o nome "Mutt" que botou no urinol, como sendo o do pretenso autor (que era ele mesmo) era uma homenagem aos personagens em quadrinho- Mutt e Jeff.


   O urinol nem chegou a ser exibido naquele salão, porque foi censurado e a peça original, relegada, desapareceu.
   O interessante é que a obra que é considerada fundadora da contemporaneidade, não existiu o que existiu foi uma simples ideia que permaneceu "in absenti" ("in absenti" é um termo em latim que significa " em ausência"), a até os anos 1940, quando Duchamp começou a fazer réplicas dela para vários museus e colecionadores  apesar de afirmar que o artista não deve se repetir.

 Mandou fazer várias réplicas desse urinol para vender para museus, e confeccionou uma caixa portátil com miniaturas de suas obras para vender 

   Em 1990, a Tate Galery pagou um milhão de libras por uma dessas cópias.

   Na ocasião, quando a obra foi apresentada,  houve uma grande polêmica fomentada pelos jornais de Nova York e essa polêmica,  foi organizada pelo próprio Duchamp, sua amante Beatrice Wood e pelo seu marchand Arensberger.

 Duchamp dissesse que o urinol era apenas um urinol, um objeto deslocado de suas funções, alguns críticos, como George Dickie, começaram a ver nessa porcelana as mesmas virtudes plásticas das obras de Brancusi, e  alguns críticos, -já que o urinol havia desaparecido, começaram a ver na fotografia do mesmo feita por Stieglitz uma referência à deusa Vênus, que surgiu das águas e outros críticos considerando bem a fotografia do urinol concluíram que ali estava projetada a efígie de Nossa Senhora.
A te a  mulher do músico de vanguarda Eduardo Varese sustentou que o urinol era a reprodução da imagem de Buda.

Em 1993, em uma exposição em Nîmes, o artista francês Pierre Pinnocelli se aproximou de um dos urinóis de Duchamp e decidiu se "apropriar" da obra, primeiro urinando nela e dizendo que o fato de ter urinado nela a obra de Duchamp agora lhe pertencia.

Depois de ter urinado no urinol, Pinnocelli, pegou um martelo e quebrou a obra de Duchamp com o argumento de que agora a obra era dele, ele havia se "apropriado" conceitualmente dela.
É lógico que ele foi processado pelo estado francês que lhe exigiu uma hipoteca de 300.000 francos e a questão deixou de ser estética para ser policial. Até o Ministro da Justiça e da Cultura na França tiveram que opinar.

Em 2005,  Pinnocelli  ainda obcecado pelo urinol, insistindo que o urinol é de quem "intervem" nele, atacou a marteladas a cópia dessa obra no Beaubourg, em Paris, o que provocou novos problemas com a polícia.


domingo, 26 de junho de 2016

A ARTE E O OLHAR

A ARTE E O OLHAR

A Arte de Claude Monet

 Claude Monet


Al Amapolas 1873

O Tanque de Nenúfares, Harmonia Verde, - 1899 -1900

O Tanque de Nenúfares  - H , 1910



Regatas em Srgenteuil 1873


O PARLAMENTO DE LONDRES SOB DIFERENTE LUZES

O  Parlamento de  1904



O Parlamento de Londres 1904



quinta-feira, 23 de junho de 2016

Impressionismo

        Impressionismo foi um movimento artístico que surgiu na pintura europeia do século XIX. O nome do movimento é derivado da obra Impressão, nascer do sol em 1872 de Claude Monet, um dos maiores pintores desta corrente artística.

 

Impressão, nascer do sol(1872), de Claude Monet

O impressionismo é sem duvida um movimento que nasceu, e definiu-se no meio do Realismo. 
Podemos dizer que foi um desenvolvimento do realismo que foi ocorrendo naturalmente.

Foi meta do realismo do século XX saber ver e representar o que existe ao nosso redor, porem nem com muito esforço era fácil chegar às ultimas consequências.
A solução seria o Impressionismo  que seria descoberto por Renoir, um dia
Também não era uma  plenamente sensorial resolver a luminosidade do visível mediante a mera brancura e dar transparência a às sombras com um único recurso aproximativo do cinzento em um ponto colorido.
Dedicados a querer olhar intensamente, era mais e até mesmo outra coisa  o que se podia fazer. Restavam outros problemas visuais e pictóricos para solucionar, pois, o realismo punha demasiada ênfase no desenho.

Com o crescente cultivo da paisagem, foi deixado de lado a  "seriedade" contraída com o continuo tratamento dos rostos. Pintando o campo, se deram conta de que as luze eram  extremamente diferentes  na mente e visão do pintor,
Assim, os impressionistas eliminaram os traços aos desenhos. Vieram com visível  convenção da linha abstrata, pincelaram em demasia, metodizaram seu toque , impuseram os  poderes da luz solar, nublada ou não. Repudiaram a do ateliê
O impressionismo condena o negro,  as cores "terras"e os pardos.
usa a coloração "limpa" das tintas do espectro solar.

Como sabemos nada acontece em um só momento, tudo é um processo.  Mas, o  foi dia 15 de abril de 1874, que um grupo de jovens pintores desconhecidos, inauguraram uma exposição coletiva, no salão do fotografo Nadar, no boulevard des Capucines 54, em Paris.
Eles tinham suas obras recusadas pelos júris do salão Oficial, os quais se constituíam de intransigentes defensores dos convencionalismos acadêmicos.   

Os representantes desse movimento são:

1. Claude Monet e Alfred Sisley. (Principais representantes).
2. Camile Pissarro e  Auguste Renoir ( foram inicialmente Realistas)
3. Pissarro- no fim de sua vida dado ao pontilhismo depois voltou ao impressionismo
Auguste Renoir lançou-se ao impressionismo aos 40 anos de idade na segunda de suas pessoais fases passando depois ao pós - impressionismo.

Cézanne foi impressionista na  segunda de suas pessoais fases passando depois para o pós-impressionismo


Toulouse - Lautrec, Van Gogh E Gauguin apesar de na suas formações intervirem  com certas sugestões e pratica do impressionismo em si  não são considerados impressionistas. São considerados impressionistas iniciais ortodoxos e representativos

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Claude Monet


é o principal e mais dedicado representante do movimento Impressionista. Sempre preferiu a pintura ao ar livre, não importando as condições climáticas, com a finalidade de capturar todos os efeitos da natureza. No início de sua carreira foi incompreendido, especialmente por sua família, resultando em dificuldades financeiras por anos. Somente por volta dos 40 anos de idade começou a vender seus quadros, morreu como um artista rico e consagrado.

Nos anos que se seguiram Monet conheceu Camille Doncieux com que viria a ter dois filhos, Jean e Michel. Em 1879 Camille morreu de 
tuberculose.Monet nasceu em Paris em 14 de novembro de 1840 e aos cinco anos mudou-se para Havre. Começou a pintar desde muito jovem o que lhe rendeu algum dinheiro vendendo caricaturas, com o dinheiro comprava materiais de pintura. Em 1858 conheceu Eugène Boudin, um pintor de paisagens que o encorajou a pintar ao ar livre. No ano seguinte mudou-se para Paris a fim de especializar suas técnicas. Nessa época Paris atraia os mais variados artistas do mundo e lá Monet conheceuCamille Pissarro e Manet entre outros artistas de vanguarda. Contrário ao desejo da família, Monet recusou-se a frequentar a Escola de Belas-Artes preferindo estudar no Atelier de Suisse, uma escola de postura mais livre que não adotava ensino formal. Assim Monet poderia dedicar-se ao que mais gostava a pintura ao ar livre. No entanto essa atitude lhe rendeu o corte de sua mesada, resultando em sérias complicações financeiras.
Em 1861 foi convocado para servir o exército e defender a França na guerra. Após quase um ano na Argélia, Monet volta à França e retoma seus estudos ao ar livre, passando a estudar com Charles Gleyre. Em 1866, Monet expôs o retrato de Camille Doncieux em um Salão.
Em 1874 foi realizada em Paris a primeira exposição dos impressionistas, contando com obras de Monet, Renoir, Degas e Cézanne. O termo Impressionismo, deriva do quadro de Monet chamado Impressão, sol levante (1872). Em função da exposição um jornalista da época Louis Leroy atacou a obra de Monet num artigo intitulado “Exibição dos impressionistas” para o jornal Le Charivari.
Em 1880 Monet realiza sua primeira exposição individual, que foi um sucesso. O público começava a ver com bons olhos as pinturas impressionistas.
Monet passou por sérias dificuldades financeiras, porém tinha um fiel comprador de suas obras, o milionário Ernest Hoschedé. Anos mais tarde Monet viria a casar com a esposa do seu comprador, Alice Hoschedé, após ambos ficarem viúvos.
Em 1883 Monet mudou para Giverny e em 1892 casou-se com Alice, estabelecendo-se numa grande propriedade as margens do rio. Monet continuava seus estudos impressionistas e na década de 1890 pintou uma série da Catedral de Rouen em diferentes horários e pontos de vista, desde o amanhecer até o anoitecer. O jardim de sua residência em Giverny também foi inspiração para uma série de obras chamada Ninfeias.
Um dos pilares da pintura impressionista era retratar o que a mente concebe da paisagem em detrimento ao que olho humano vê. Nesse sentido Monet desenvolveu técnicas que o ajudariam a representar essa realidade. Usando pinceladas firmes e fragmentadas, por exemplo, Monet retratava a ondulação e os reflexos da água com genialidade.
No fim de sua vida Claude Monet sofreu com catarata o que afetou seu entusiasmo para continuar seus estudos. Monet morreu em 1926 e encontra-se enterrado no cemitério da igreja de Giverny.

Referências bibliográficas:

O mais dedicado impressionista. Disponível em: < http://mestres.folha.com.br/pintores/04/ >.
Os Grandes Artistas – romantismo e impressionismo: Degas, Toulouse-Lautrec, Monet. Editora Nova Cultura LTDA, São Paulo, 1991.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Imagem do cotidiano

A ARTE, A IMAGEM E O COTIDIANO: Imagem do cotidiano

PINTURA MURAL E PINTURA DE CAVALETE

PINTURA MURAL:

Pintura Mural ou Parietal é a pintura executada sobre uma parede, que diretamente na sua superfície, como num afresco, quer num painel montado numa exposição permanente ou seja é a pintura que se adapta à arquitetura.



PINTURA DE CAVALETE


A pintura de cavalete apareceu com a renascença italiana.
É usado um tripé, feito de madeira ou metal para colocação de tela ou placa para pintura e desenho


Óleo sobre tela - Maria Helena




óleo sobre tela - Maria Helena



quarta-feira, 8 de junho de 2016

ARTE FIGURATIVA E REALISTA


   É  a Arte  que representa as imagens visuais do mundo exterior, as cores, as formas como se mostram ao olhar. Desenha objetivamente a forma do objeto ou pessoa que está pintando. O artista faz a transcrição da sensação ótica da imagem.


A Coroação de Cristo, Van Dyck,1620, Flandres, exposto em Madrid.


Arte Figurativa realista

   O realismo é tão antigo como a própria arte. Existe desde a idade da pedra lascada ou Paleolítica em Altamira.
É quando o artista representa uma imagem como por exemplo um ser humano. Ele   acentua os elementos  mais característicos e que mais expressivamente o define, não com fidelidade fotográfica ou exatidão, mas, com verdade. 
O Figurativismo Realista é fundado em sensações, no conhecimento e interpretações do mundo.
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  A pinturas rupestres já indicavam a necessidade  do ser humano expressar emoções, sentimentos
e de “copiar” e reproduzir figuras da natureza.








  Na Arte Egípcia surge novas formas de figurativismo realista como o Escriba Sentado do Louvre.


Escriba Sentado do Louvre



Já na Arte Grega Temos a pintura realista mais realista, mais minuciosa ou analítica.
As imagens adquire acentuado realismo figurativo, numa concepção matemática do ideal da beleza e da forma. 




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